Devido às fortes chuvas em Porto Alegre e em diversas regiões do Rio Grande do Sul, 435 municípios que foram atingidos optaram pela suspensão das aulas após o ocorrido, visando não prejudicar os alunos de escolas, faculdades e universidades públicas e privadas. O governador Eduardo Leite anunciou a suspensão das aulas na rede pública estadual até o dia 07 de maio, e um comunicado do governo indicou que 1028 escolas em 243 municípios foram afetadas pelas chuvas, sendo que 530 escolas foram danificadas, e cerca de 84 escolas estão servindo para abrigos de pessoas desabrigadas.
Na rede estadual, a retomada gradual das atividades está prevista a partir de 13 de maio em áreas menos afetadas, enquanto regiões como Porto Alegre não têm previsão de retorno. Estima-se que pelo menos 358 mil estudantes tenham ficado sem aulas devido às chuvas e enchentes, e 149 mil já retornaram às atividades, sendo a soma com os alunos que não foram impactados de 533 mil alunos de volta às instituições de ensino.
Diante do Estado de Calamidade, a União Nacional dos Estudantes (UNE) solicitou medidas emergenciais ao Ministério da Educação, incluindo suspensão integral das aulas, apoio psicológico, mobilização da comunidade acadêmica e ações conjuntas com outros órgãos do governo federal.
Além desses impactos causados na educação do próprio estado do Rio Grande do Sul, essas consequências poderão ser sentidas em outros estados também. De acordo com o professor Bruno Madalozzo da Escola Sesi de Concórdia- Santa Catarina, ‘‘Na universidade vários prédios alagaram, inclusive o arquivo da reitoria, onde houve a perda de vários documentos importantes para a universidade’’.
Formado em Biologia pela UFSM (Universidade Federal de Santa Maria-RS) , o professor havia solicitado para um de seus colegas de Santa Maria o envio de um material biológico, para realizar uma aula prática de genética no laboratório com os alunos do terceiro ano da escola de Concórdia. Entretanto, devido aos acontecimentos no RS e em Santa Maria, o transporte ficou impossibilitado, e como os correios estão fora de funcionamento, esse material ainda não foi enviado. Com esse atraso, o professor precisou refazer seu planejamento para não deixar que os alunos sofram as consequências educacionais da tragédia ocorrida no estado vizinho.